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  • 06.02.17
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  • João Pedro Junior
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(In)atividade física em crianças e adolescentes

O sedentarismo é uma epidemia mundial que comprometeem torno de 60-70% da população do planeta. É considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o inimigo de saúde pública número 1, associado a 2 milhõesde mortes ao ano globalmente, e por 75% das mortes nasAméricas.1 Além disso, é fator de risco para doenças crônicasnão-transmissíveis, como o diabetes tipo 2, hipertensão,hipercolesterolemia, obesidade, doença cardiovascular, osteoporose, algumas formas de câncer (colo e mama), cálculos biliares e depressão.2 Estimativas econômicas de vários países consideramque o sedentarismo seja responsável por 2% a 6%dos custos totais em saúde pública e, nos Estados Unidos,acarretaram gastos de 76,6 bilhões de dólares no ano 2000 e representaram 13% dos custos médicos diretos na doençacardiovascular em 2001.3-5 No Brasil, não há dados sobreo custo do sedentarismo, mas recente relatório elaboradopelo Banco Mundial atribui 66% dos gastos em saúde às doenças crônicas não-transmissíveis em todo o País.5 Entretanto, por se tratar de um problema universal,que afeta indistintamente países ricos e pobres, a OMS ratificou por meio de assembléia mundial, a estratégiaglobal para alimentação, atividade física e saúde em2004, estimulando os países membros a desenvolverem programas nacionais de promoção de atividade física e combate ao sedentarismo.6 No Brasil, apenas recentemente têm sido publicados dados de abrangência populacional sobre níveis deatividade física, na maior parte em populações adultas;7-11 que apontam para um perfil epidemiológico de países em desenvolvimento, onde há baixa prevalência de atividade física no tempo livre e maiores níveis da atividade físicaocupacional e de transporte.12