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  • 06.02.17
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  • João Pedro Junior
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Será que o futebol pode promover saúde?

O futebol é de longe a mais popular atividade física esportiva no Brasil1 e possivelmente no mundo. Além de seus praticantes, há um enorme contingente da população que acompanha as transmissões dos jogos pelaTV, pelo rádio e, mais recentemente, internet. Audiências gigantescas como as obtidas na recente Copa do Mundoda Alemanha, onde a final foi vista por mais de 2 bilhõesde pessoas, mostra o impacto desse esporte.2 Assim, também na Medicina a atenção ao futeboltem aumentado bastante. Um Congresso Mundial sobrea Ciência do Futebol acontece há mais de 15 anos, e,em 2007, teremos a quinta edição do Science Football,evento especializado em ciência no futebol. No Brasil,não temos eventos científicos de porte comparativo, a não ser aqueles dirigidos pelas federações da modalidade. No entanto, já se observa uma progressiva produção científicaque permite se somar às referências de outros países. Nosúltimos Simpósios Internacionais de Ciências do Esporte,106 temas-livres focaram o futebol, sendo 22 em 2005 e 84 em 2006.3,4 Estudos têm abordado diversas dimensões do futebol, como o futebol sênior, 5 o futebol feminino6e o futsal (futebol de salão).7 Um outro fato que mereceser enaltecido é a inclusão de profissionais pesquisadoresenvolvidos diretamente no treinamento e acompanhamento fisiológico de equipes de futebol: as cinco grandesequipes do Estado de São Paulo (São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Caetano) têm em sua comissão técnica professores, mestres e doutores. Com toda a relevância desse esporte em nosso meio,seria interessante, sob o ponto de vista médico, responder aalgumas perguntas. Excluindo-se a saúde social e psicológica— em que exemplos bonitos de resgate social são trazidospor Maradonas e Zidanes, não se permitindo qualquerinferência mais séria —, seria a prática do futebol benéficaà saúde física? Sobre que variáveis de aptidão física geral ofutebol teria maior impacto? Quais seriam os riscos?