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  • 06.02.17
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  • João Pedro Junior
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Sedentarismo: como diagnosticar e combater a epidemia

As conseqüências da epidemia de sedentarismo para a saúde física incluem, entre as mais conhecidas, o diabetes, a hipertensão, a hipercolesterolemia, a obesidade, diversas formas de câncer, a osteoporose, calculose renal, biliar e até disfunção erétil. No entanto, o impacto para saúde mental é pelo menos igualmente devastador, compreendendo: diminuição da auto-estima, da auto-imagem, do bem-estar, da sociabilidade; aumento de ansiedade, de estresse, de depressão, como também do risco para mal de Alzeihmer e de Parkinson, de acordo com estudos mais recentes, e até prejuízo da cognição.1A boa arte médica nos ensina a buscar tratar as causas e não somente as conseqüências... Assim, nossos pacientes atuais não podem receber apenas propostas terapêuticas farmacológicas ou cirúrgicas, pois por trás das doenças crônico-degenerativas mencionadas no parágrafo anterior, que respondem por mais de 70% dos gastos com saúde em nosso País, está um desvio de comportamento, em que vão à frente o sedentarismo, a má alimentação e o tabagismo.2 Por isso, o profissional de saúde moderno precisa estar preparado para diagnosticar, prescrever e monitorizar o nível de atividade física de seus pacientes. As propostas atuais sugerem incluir em sua anamnese um questionário, dos quais o IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física) desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano (Centers for Disease Control and Prevention, CDC), em estudo que envolveu nosso centro de pesquisa e 12 centros mundiais por quatro anos, apresenta vantagens: ter duas formas (curta e longa), possibilidade de se estimar o gasto calórico, de classificação (sedentário, irregularmente ativo, ativo e muito ativo), maior chance de comparações e estar adaptado para nosso meio.3